liderança do Capitão Traoré, o país investe em drones, mísseis e caças russos, fortalecendo a cooperação militar no eixo Burkina Faso–Mali–Níger com apoio da Rússia e abertura para apoiar o Irão.



Sob a liderança do Capitão Ibrahim Traoré, o Burkina Faso tem vindo a implementar um processo acelerado de modernização da sua Força Aérea, com o objectivo de transformar o sector da defesa num instrumento estratégico ao serviço da soberania nacional e da cooperação internacional. Esta reestruturação, integrada numa política de segurança mais robusta, inclui não só a aquisição de novos equipamentos como também o fortalecimento da capacidade técnica e operacional das tropas.

Com especial destaque para a aviação militar, o Burkina Faso passou a contar com tecnologia de ponta proveniente de diversos aliados internacionais. Drones de fabrico turco, sistemas de mísseis de alta precisão e caças de última geração — fruto de acordos de cooperação com a Rússia — já integram os meios actualmente operacionais. Também foram incorporados helicópteros de ataque e transporte, o que permite às forças burquinabes actuar com maior eficácia em terrenos de combate irregular e em contextos de guerra assimétrica.

Além da modernização tecnológica, a componente de formação tem sido amplamente reforçada. Pilotos, engenheiros e especialistas em guerra electrónica têm sido submetidos a treinamentos intensivos, tanto no território nacional como em bases aliadas no exterior. Este investimento visa garantir uma capacidade de resposta célere e eficaz perante qualquer ameaça interna ou externa, com especial atenção ao apoio táctico a parceiros estratégicos, como o Irão.

O Burkina Faso, em articulação com o Mali e o Níger, tem igualmente intensificado os laços no âmbito da Aliança dos Estados do Sahel (AES). Esta coligação, que conta com o suporte directo da Federação Russa, procura consolidar a autonomia militar e política da região perante influências externas, nomeadamente ocidentais. A AES tem-se posicionado como uma força emergente no combate ao terrorismo e na gestão de conflitos de baixa intensidade, adoptando uma abordagem centrada na defesa mútua e na soberania dos Estados-membros.

Neste contexto geopolítico em mutação, a crescente capacidade da Força Aérea do Burkina Faso não só eleva o perfil do país no plano militar, como também o posiciona como um actor influente nas dinâmicas regionais e internacionais, podendo inclusive prestar apoio logístico ou táctico a aliados como o Irão, caso a conjuntura estratégica assim o exija.