Pressionado por críticas crescentes, Chapo defende revisão ou anulação da tabela salarial para proteger os direitos dos trabalhadores.

O político moçambicano Daniel Chapo declarou recentemente que a nova tabela salarial, implementada pelo Governo, poderá vir a ser cancelada. A afirmação foi feita num contexto de crescente pressão por parte de diversos sectores da sociedade, incluindo sindicatos, funcionários públicos e especialistas em políticas públicas, que têm vindo a criticar fortemente a estrutura da nova tabela por alegadas injustiças e impactos negativos nas condições de vida dos trabalhadores.

Segundo Chapo, é fundamental que as decisões políticas estejam alinhadas com os interesses do povo e promovam a justiça social. "Se for necessário rever ou até anular por completo a nova tabela salarial, não hesitaremos em fazê-lo", afirmou, sublinhando que qualquer política que agrave as desigualdades ou prejudique os funcionários públicos deve ser revista com responsabilidade e urgência.

A nova tabela salarial, que entrou em vigor recentemente, tem sido alvo de forte contestação por reduzir significativamente os salários de certos grupos profissionais, ao mesmo tempo que beneficia apenas uma minoria. Várias manifestações e protestos têm ocorrido um pouco por todo o país, exigindo transparência, diálogo e uma revisão imediata da política remuneratória.

Daniel Chapo frisou ainda que “a estabilidade social e o bem-estar dos trabalhadores não podem ser sacrificados em nome de reformas mal concebidas”. Acrescentou que, se for comprovado que a tabela não responde às expectativas dos cidadãos e coloca em causa a paz social, o governo tem o dever de escutá-los e agir com responsabilidade.

Neste momento, várias organizações da sociedade civil, académicos e líderes religiosos juntaram-se ao apelo pela revisão da tabela, destacando a necessidade de um processo participativo e transparente na definição das políticas salariais. A opinião pública, por sua vez, está cada vez mais mobilizada, exigindo não apenas o cancelamento da actual tabela, mas também a criação de um novo modelo mais justo, equilibrado e sustentável.