Após recusar proposta feita por via telefónica, Venâncio Mondlane foi surpreendido com notificação da Procuradoria-Geral da República, levantando suspeitas de manobras políticas nos bastidores.


Numa reviravolta política inesperada, fontes próximas ao processo revelaram que o Presidente do Conselho de Estado, Daniel Chapo, terá estabelecido contacto telefónico confidencial com o político e membro influente da oposição, Venâncio Mondlane. A chamada, descrita como “reservada e informal”, teria ocorrido recentemente, num contexto de crescente tensão institucional e especulações sobre negociações de bastidores no panorama político moçambicano.

De acordo com informações obtidas de forma não oficial, Chapo terá feito uma proposta considerada “inesperada e controversa”, cujos detalhes ainda permanecem envoltos em mistério. Fontes sugerem que a oferta poderia estar relacionada com uma possível cooperação política ou mesmo com uma tentativa de apaziguamento face às crescentes críticas públicas lideradas por Mondlane.

No entanto, Venâncio Mondlane terá recusado a proposta sem hesitações. A sua rejeição firme e imediata levantou várias questões nos círculos políticos e sociais, sobretudo pelo que se seguiu: pouco depois do alegado contacto e da recusa, Mondlane recebeu uma notificação formal da Procuradoria-Geral da República (PGR), convocando-o a comparecer na instituição num prazo apertado.

A proximidade temporal entre os dois acontecimentos  a chamada telefónica e a notificação da PGR  gerou suspeitas entre os apoiantes de Mondlane, que consideram estar perante uma tentativa de intimidação ou represália política. Nas redes sociais, o caso rapidamente gerou polémica, com muitos a exigirem esclarecimentos públicos tanto de Chapo como da Procuradoria.

Até ao momento, nem Daniel Chapo nem a PGR se pronunciaram oficialmente sobre a alegada ligação ou os motivos da convocatória. Mondlane, por seu lado, publicou uma curta mensagem nas suas redes, confirmando a recepção da notificação e manifestando a sua disposição para cooperar com a justiça, embora sem entrar em pormenores sobre o conteúdo da proposta que terá recusado.

A situação está a ser acompanhada com atenção por analistas e observadores internacionais, que alertam para os riscos de escalada política e para a necessidade de transparência nas relações entre as instituições do Estado e os actores políticos da oposição.