Governo de Nyusi Despende 1,92 Mil Milhões de Meticais por Ano em Papel Higiénico Importado
O Estado moçambicano, sob a liderança do Presidente Filipe Nyusi, tem despendido anualmente cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos – o que corresponde a aproximadamente 1,92 mil milhões de meticais – unicamente na importação de papel higiénico. Este valor, que representa uma fatia considerável das despesas externas do país, tem gerado debates sobre as prioridades do Governo no que diz respeito à gestão dos recursos públicos.
A elevada dependência de produtos básicos importados, como o papel higiénico, levanta questões sobre a capacidade produtiva interna e a falta de investimento em indústrias locais que poderiam, eventualmente, reduzir a necessidade de importações deste género. Para muitos analistas e cidadãos, o montante em causa poderia ser canalizado para sectores estratégicos como a saúde, a educação ou o apoio à agricultura familiar, tendo em conta os desafios sociais e económicos que Moçambique enfrenta.
Num contexto em que a economia nacional lida com limitações financeiras, dívida pública crescente e exigências constantes para a melhoria dos serviços básicos, a despesa significativa com a importação de um produto de uso quotidiano, mas potencialmente fabricável em território nacional, é vista por vários sectores da sociedade como um sinal de má gestão ou de oportunidades desperdiçadas.
Perante esta realidade, têm surgido vozes a apelar à promoção da produção local, incentivando empresários moçambicanos a investir na indústria de papel e derivados. A substituição de importações por produção nacional não só reduziria os custos a médio e longo prazo, como também criaria empregos, fortaleceria a economia interna e diminuiria a dependência externa.
No entanto, até ao momento, não há sinais claros de que o Executivo pretenda rever esta política de importações no curto prazo. Enquanto isso, o país continua a gastar valores expressivos com produtos que, segundo especialistas, poderiam ser fabricados localmente com investimentos adequados e vontade política.
Postar um comentário
Postar um comentário