Enquanto o Chefe de Estado rejeita o perdão aos prisioneiros políticos, o Governo de Inhassoro dá um passo histórico ao reconhecer oficialmente a presença e os direitos dos ANAMALALA
Em nome da paz, da harmonia e da reconciliação nacional, lamentamos profundamente a decisão de Sua Excelência o Presidente da República, que optou por rejeitar a concessão de indulto aos prisioneiros políticos.
Esta recusa representa uma oportunidade perdida de curar feridas do passado, promover um ambiente de diálogo inclusivo e abrir caminho para um futuro mais coeso e justo para todos os cidadãos. Num momento em que o país clama por unidade, perdão e reconstrução social, esperava-se uma atitude de grandeza política e sensibilidade humana, que valorizasse o perdão como instrumento de pacificação e estabilidade nacional.
Contudo, saudamos com grande entusiasmo a iniciativa do Governo do Distrito de Inhassoro, que, num gesto de coragem institucional e respeito pela diversidade cultural, reconheceu oficialmente a presença e o direito à autonomia dos ANAMALALA naquele território. Este reconhecimento formal representa um passo significativo rumo à inclusão de comunidades tradicionalmente marginalizadas e ao fortalecimento da coesão social no seio da nação moçambicana.
É com esperança renovada que encorajamos outras entidades administrativas a seguir este exemplo, promovendo o reconhecimento, a participação e a dignidade de todas as comunidades, sem discriminação nem exclusões históricas.
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