Nem a tropa de elite ousaria tanto  Tchetcho desafiou o Presidente, o Partido e mostrou que coragem não se mede em tamanho.




Nem mesmo os operacionais da Unidade de Intervenção Rápida, com toda a sua formação de elite, se comparam à ousadia de Tchetcho. A sério! Este homem superou todas as expectativas... Enfrentar alguém com o dobro do seu tamanho – e não estamos a falar de um cidadão qualquer, mas sim do próprio Presidente da República – já exige uma coragem fora do comum. E não ficou por aí: desafiou também o partido no poder. Haja nervos de aço!

Este homem parece saído de uma lenda: enfrentou a cobra, matou-a com os dentes, fritou-lhe a cabeça, devorou-a inteira no mesmo dia e, como se não bastasse, ainda usou a pele como fronha da almofada onde dorme tranquilo. Uma imagem brutal, mas que retrata bem o tipo de coragem de que falamos aqui.

Se eu tivesse sequer metade da valentia deste mulato, a Procuradoria-Geral da República nem ousaria enviar-me uma notificação. Ao lado deste verdadeiro general, eu sou apenas um miúdo a brincar à política.

Tchetcho é o verdadeiro mestre da resistência: o único que soube usar a terra para cultivar mais do que alimentos – plantou coragem e colheu tomates, no verdadeiro sentido da palavra. Com um espírito desses, era ele quem devia liderar o SISE. Não tenho dúvidas de que, com ele no comando, o conflito em Cabo Delgado já estaria resolvido. Não precisaria de balas – bastava-lhe cortar as três refeições dos insurgentes e, em menos de um mês, fugiriam dali famintos e derrotados.