Líder da Nova Democracia exige que Comandante-Geral da PRM, chefe da UIR e diretor da Cadeia da Machava sejam ouvidos por alegadas práticas abusivas e repressão dirigida a opositores políticos.
O deputado e líder do partido Nova Democracia, Venâncio Mondlane, decidiu contra-atacar politicamente, após ter sido notificado pela Procuradoria-Geral da República. Numa acção que revela confiança e determinação, Mondlane veio a público exigir que figuras de destaque do sector da segurança do Estado sejam convocadas para prestar esclarecimentos em sede própria.
Mondlane solicita que o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, seja ouvido, bem como o comandante da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e o director da Cadeia Central da Machava. Segundo o político, estas audições são fundamentais para apurar responsabilidades relativamente a alegadas violações de direitos humanos e abusos de poder por parte das forças de segurança.
O líder da Nova Democracia acusa as autoridades policiais de actuarem com parcialidade, repressão selectiva e de utilizarem os meios do Estado para intimidar vozes críticas ao regime. Alega ainda que tem havido uma crescente instrumentalização das instituições públicas para fins políticos, situação que considera perigosa para o Estado de Direito Democrático.
Para Mondlane, não se trata apenas de uma defesa pessoal, mas de um passo necessário para a protecção das liberdades civis e da legalidade constitucional. Na sua visão, a sociedade moçambicana precisa de respostas claras e objectivas sobre o papel das forças de segurança e sobre a conduta das autoridades prisionais.
A iniciativa do deputado surge também como um apelo à transparência e à responsabilização dos agentes públicos, num momento em que o país vive tensões políticas e sociais consideráveis. Mondlane garante que não se deixará intimidar e promete continuar a denunciar o que considera serem práticas abusivas e antidemocráticas.
Fonte canal de moz
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