Braço direito de Venâncio Mondlane afirma que líderes europeus reconhecem a sua vitória nas urnas e denuncia perseguição interna por parte das autoridades moçambicanas.


Dinis Tivane, conhecido no seio dos apoiantes como DT77 e figura próxima de confiança de Venâncio Mondlane (VM7), afirmou que a digressão da comitiva liderada pelo autoproclamado “presidente do povo” está a chegar ao fim. De acordo com DT77, tanto ele como VM7 e os restantes elementos da equipa estão na fase final da sua visita à Europa, e já preparam o regresso ao território moçambicano.

Durante esta jornada pelo velho continente, DT77 afirma ter testemunhado um reconhecimento explícito da legitimidade de VM7 por parte de diversas entidades e cidadãos europeus. “A Europa reconhece a vitória de Venâncio Mondlane nas últimas eleições. Em todos os locais que visitámos, desde conferências a encontros públicos, ele é tratado e recebido como presidente legítimo de Moçambique”, declarou.

Segundo o braço direito de VM7, essa recepção contrasta de forma gritante com o tratamento hostil que Mondlane tem recebido por parte de algumas figuras do regime actual em Moçambique, que, em vez de reconhecerem a sua popularidade e o apoio do povo, preferem persegui-lo e até ameaçar a sua integridade física. “Enquanto na Europa o tratam como chefe de Estado, em Moçambique tentam silenciá-lo, caçá-lo e eliminá-lo fisicamente”, denunciou DT77.

Para Tivane, chegou o momento dos moçambicanos se libertarem, não de um colono estrangeiro, mas de um novo tipo de opressor: o “colono preto”, expressão que utilizou para se referir a elites políticas que, segundo ele, traíram os ideais de libertação e oprimem hoje o próprio povo. “Chegou a hora de os moçambicanos alcançarem a sua verdadeira independência, desta vez frente ao colono negro. E temos o neto de Eduardo Mondlane para liderar esse processo histórico”, afirmou, referindo-se a Venâncio Mondlane como herdeiro do espírito revolucionário do pai da independência moçambicana.

DT77 sublinhou ainda que esta luta não será travada com armas, como aconteceu no passado. “Esta transformação não requer o uso de violência, como aqueles que hoje usam armas contra o seu próprio povo. A nossa luta será pacífica, mas firme, e o tempo da mudança chegou”, concluiu.

A comitiva deverá regressar a Moçambique nos próximos dias, trazendo consigo não apenas o reforço simbólico de apoio internacional, mas também uma mensagem clara de que o povo moçambicano continua a resistir e a sonhar com uma nova era de justiça, liberdade e governação popular.