Manifestações populares ganham força em Moçambique e Angola, com milhares a exigirem justiça, liberdade e o fim da corrupção.

A tensão social atinge níveis sem precedentes em Moçambique e Angola, onde milhares de cidadãos têm vindo a sair às ruas, protagonizando uma vaga de manifestações que está a abalar profundamente as estruturas de poder. As populações, cansadas de regimes considerados autoritários, da corrupção institucionalizada e da estagnação económica, ergueram-se com coragem para exigir reformas profundas, justiça social e respeito pelos direitos fundamentais.

As praças e avenidas das principais cidades transformaram-se em palcos de protestos massivos. Gritam-se palavras de ordem, empunham-se cartazes com mensagens diretas e ecoa um sentimento comum: o povo perdeu o medo. Em Maputo, Luanda e outras cidades, os manifestantes exigem liberdade de expressão, oportunidades reais para os jovens, fim do clientelismo político e responsabilização dos líderes por décadas de má governação.

As autoridades reagiram com forte aparato policial e colocaram-se em estado de alerta máximo, temendo uma escalada difícil de controlar. Apesar da repressão pontual, o movimento parece ganhar força a cada dia. Os protestos, inicialmente pacíficos, têm registado momentos de tensão, com confrontos esporádicos e detenções de ativistas.

Diversos líderes comunitários, figuras da sociedade civil e jovens influenciadores digitais tornaram-se rostos visíveis desta nova vaga de resistência, desafiando abertamente os poderes instituídos e apelando ao apoio da comunidade internacional. Em ambos os países, a juventude destaca-se como o motor das manifestações, exigindo um futuro diferente daquele que lhes foi imposto.

A insatisfação popular cresce alimentada por décadas de promessas não cumpridas, serviços públicos degradados, desemprego estrutural e um sentimento de abandono total por parte das elites políticas. O grito é claro: basta

Internacionalmente, observadores começam a voltar os olhos para a África Austral, onde se adivinha um momento de viragem histórica. Muitos já falam num ponto de ruptura iminente, que poderá redefinir o rumo político de Moçambique e Angola nos próximos anos.

Esta é uma luta por dignidade, por justiça e por liberdade. Uma luta que não deve passar despercebida. O mundo está a ser chamado a testemunhar  e a solidarizar-se.