Vítima revela casos de rapto e acusa instituições do Estado de ineficácia e favorecimento político do partido FRELIM0
A Comunidade Islâmica de Moçambique manifestou, recentemente, uma posição firme e preocupante relativamente à onda de raptos que tem assolado o país nos últimos anos. Segundo declarações de alguns dos seus representantes, existem indícios de que figuras de topo ligadas ao Estado poderão estar envolvidas, direta ou indiretamente, na organização ou facilitação destes crimes, o que levanta sérias questões sobre a integridade das instituições e o compromisso das autoridades na proteção dos cidadãos.
O tema ganhou uma nova dimensão depois de, pela primeira vez, uma das vítimas ter decidido revelar publicamente a sua identidade e relatar, de forma detalhada, a experiência traumática que viveu. A vítima descreveu não apenas o período de cativeiro, mas também as dificuldades e obstáculos enfrentados na tentativa de obter justiça.
Nas suas declarações, acusou de forma direta várias instituições do Estado de não cumprirem com o seu papel constitucional de salvaguardar a segurança e os direitos da população. Mais grave ainda, afirmou que o Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) estaria a atuar, em determinados casos, de acordo com agendas e interesses políticos, em vez de priorizar a proteção da sociedade.
Esta denúncia, que junta a voz de líderes comunitários e de vítimas, coloca sob forte pressão as autoridades moçambicanas, que são agora desafiadas a responder de forma transparente e efetiva. A gravidade das alegações exige investigações independentes e um compromisso claro no combate à criminalidade organizada, especialmente quando esta ameaça minar a confiança pública nas instituições estatais.
Fonte:opais
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