Henriques Naweka, secretário da ACLIN em Nampula, afirma que a Frelimo só abandonará o poder com a segunda vinda de Cristo
Durante uma intervenção pública marcada por forte carga simbólica e um tom provocador, Henriques Naweka, actual secretário da Associação Cívica de Luta pela Igualdade Nacional (ACLIN) na província de Nampula, proferiu declarações polémicas sobre a permanência da Frelimo no poder em Moçambique. Segundo Naweka, a actual força política dominante no país, que governa desde a independência nacional em 1975, não deixará o controlo do Estado a menos que ocorra um evento de proporções bíblicas: a segunda vinda de Jesus Cristo.
“Só com a volta de Cristo é que a Frelimo sairá do poder. E se por acaso Ele não regressar, esqueçam, nem mesmo por meio de um golpe conseguirão tirá-los de lá”, afirmou Naweka perante uma plateia atenta e visivelmente surpreendida com o teor das suas palavras.
O dirigente da ACLIN aproveitou a ocasião para criticar aquilo que considera ser uma cultura política de perpetuação no poder, marcada por manipulação do sistema eleitoral, intimidação de opositores e controlo apertado sobre os órgãos de comunicação social estatais. Segundo Naweka, a Frelimo “apoderou-se das instituições do Estado” e criou uma estrutura que dificulta qualquer tentativa legítima de alternância democrática.
Além disso, destacou a falta de confiança da população nos processos eleitorais e denunciou o uso dos recursos públicos para fins partidários como uma das razões pela qual a mudança de poder parece impossível, mesmo em contextos de evidente insatisfação popular.
As declarações de Naweka rapidamente causaram reacções nas redes sociais e entre analistas políticos, com opiniões divididas. Para alguns, trata-se de uma metáfora forte que revela o sentimento de frustração e cansaço de uma parte significativa da
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