Líder político moçambicano é atingido a tiro durante assalto à sua residência e perde valores monetários e bens valiosos


Fontes próximas à oposição alegam que o actual líder da Renamo, Ussufo Momade, terá comprometido os interesses do seu partido durante as últimas eleições autárquicas, num alegado acordo com a Frelimo que levanta sérias preocupações quanto à integridade do processo democrático em Moçambique.

Segundo informações divulgadas por figuras ligadas à oposição, Momade terá recebido aproximadamente 78 milhões de meticais provenientes de círculos ligados à Frelimo, com o objectivo de sabotar estrategicamente a posição da Renamo nas eleições autárquicas anteriores. Esta alegação, embora ainda sem provas documentais apresentadas publicamente, tem gerado uma onda de indignação entre os apoiantes do partido e observadores políticos.

Para além da suposta transferência financeira, é ainda avançado que o Presidente da República, Filipe Nyusi, terá recompensado Ussufo Momade com direitos de exploração de recursos naturais. Em concreto, fala-se da concessão de uma área rica em ouro localizada no distrito de Báruè, província de Manica, mais precisamente no posto administrativo de Nhamphassa  uma zona que, segundo fontes internas, estaria anteriormente ligada à influência de Afonso Dhlakama, histórico líder da Renamo.

Como se não bastasse, uma segunda mina de ouro situada na província de Cabo Delgado também terá sido entregue a Momade como parte do alegado acordo silencioso entre ele e o partido no poder.

Estas denúncias alimentam a narrativa de que Ussufo Momade se encontra actualmente numa posição de submissão política perante a Frelimo, sendo descrito por críticos como uma figura “domesticada” e alheia aos interesses dos militantes e simpatizantes da Renamo. Vários activistas e quadros do partido afirmam que ele “nega estar a ser manipulado”, mas os indícios que circulam nos bastidores indicam precisamente o contrário.

A crise de confiança no seio da Renamo tem vindo a agravar-se, sobretudo entre as bases do partido, que se mostram cada vez mais desconfiadas da liderança actual. Muitos consideram que a aliança informal com a Frelimo, caso se confirme, representa uma traição histórica ao legado de Dhlakama e à luta da oposição moçambicana por um sistema verdadeiramente democrático e transparente.

Até ao momento, Ussufo Momade não se pronunciou oficialmente sobre estas acusações, mantendo-se em silêncio perante os apelos públicos para esclarecimentos.