Organização Nacional dos Trabalhadores propõe aumento significativo do salário mínimo para 42 mil meticais mas partido Frelimo diz não?
A Organização Nacional dos Trabalhadores apresentou, na tarde de ontem, uma proposta que está a gerar debates acesos no seio da sociedade moçambicana: o aumento do salário mínimo dos actuais 8 mil meticais para um valor consideravelmente superior 42 mil meticais mensais.
Segundo os representantes da organização, esta proposta visa assegurar condições de vida mais dignas para a maioria da população trabalhadora, que há muito tempo enfrenta dificuldades económicas agravadas pelo custo de vida elevado, inflação persistente e salários que não acompanham a realidade das despesas básicas.
De acordo com o porta-voz da organização, “é inadmissível que, em pleno século XXI, um cidadão moçambicano continue a viver com um salário que mal cobre as necessidades essenciais como alimentação, transporte, saúde e educação”. Acrescentou ainda que o valor sugerido de 42 mil meticais foi calculado com base em estudos sobre o custo médio de vida nas principais cidades do país.
A proposta já foi submetida às entidades competentes, nomeadamente ao Ministério do Trabalho e Segurança Social, bem como aos representantes das confederações patronais, para que seja discutida no próximo ciclo de negociação salarial.
Embora a proposta tenha sido bem recebida por vários sindicatos e sectores da sociedade civil, há também quem a considere excessivamente ambiciosa, tendo em conta o estado actual da economia nacional e a capacidade financeira de muitas empresas, sobretudo as pequenas e médias.
Ainda assim, a Organização Nacional dos Trabalhadores mantém-se firme na sua posição, argumentando que é preciso iniciar um debate sério e urgente sobre a justiça salarial no país. “Não estamos apenas a falar de números
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