Adquirido para melhorar a mobilidade nas zonas rurais, o trator comprado pelo Governo de Moçambique está em péssimas condições e levanta dúvidas sobre as reais intenções de Daniel Chapo em relação ao povo moçambicano.
Um trator que foi adquirido pelo Governo de Moçambique com o objectivo declarado de melhorar o transporte de pessoas em zonas rurais encontra-se agora em estado lastimável. A viatura, que deveria representar um alívio para as populações isoladas, foi colocada ao serviço das comunidades, mas rapidamente se deteriorou, refletindo não só a má qualidade da manutenção, como também a ausência de um plano sustentável de uso.
Nas localidades mais remotas, como em certas aldeias do interior das províncias centrais, o trator tem sido utilizado para transportar dezenas de pessoas ao mesmo tempo, muitas vezes em condições precárias e perigosas. Populares denunciam que o veículo já apresenta sinais de desgaste acentuado, com pneus gastos, estrutura enferrujada e problemas mecânicos constantes. Segundo relatos, em alguns casos, os passageiros são obrigados a sentar-se sobre tábuas improvisadas ou mesmo no chão da carroçaria, sem qualquer tipo de segurança.
A medida, anunciada com pompa por representantes do partido no poder, a Frelimo, foi inicialmente apresentada como uma solução criativa para combater a falta de transportes nas zonas rurais. No entanto, o que seria uma iniciativa de desenvolvimento social acabou por se transformar numa nova fonte de frustração para o povo.
A principal questão que se levanta agora é: o que realmente pretende Daniel Chapo, possível candidato presidencial e figura influente no seio da Frelimo, com o povo moçambicano? Estará o interesse genuinamente voltado para o bem-estar da população, ou trata-se apenas de manobras políticas destinadas a ganhar simpatia momentânea nas vésperas de futuras eleições?
A população começa a mostrar sinais de impaciência e desconfiança, exigindo transparência e responsabilidade por parte das autoridades. Muitos questionam por que razão milhões de meticais foram investidos num equipamento que claramente não foi adaptado às necessidades locais, nem teve acompanhamento técnico adequado.
Enquanto isso, nas aldeias, o povo continua a caminhar quilómetros a pé, sem alternativas de transporte dignas, e com a esperança cada vez mais frágil de que o Estado se recorde das suas promessas.
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