União Europeia sob críticas por afastar Venâncio Mondlane do Diálogo Nacional em Moçambique


O partido português Iniciativa Liberal (IL) levantou fortes críticas à União Europeia (UE) pela forma como tem conduzido o apoio ao Diálogo Nacional Inclusivo em Moçambique, processo que deveria servir para fortalecer a democracia no país. A polémica prende-se com a ausência de Venâncio Mondlane, líder recentemente reconhecido do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA), que muitos setores políticos e sociais consideram fundamental para garantir representatividade e legitimidade ao processo.

Após a legalização do ANAMOLA, várias forças políticas moçambicanas passaram a defender a entrada de Mondlane no diálogo nacional. O próprio político tem reiterado publicamente a sua vontade de participar, apresentando propostas de reforma do Estado e do sistema eleitoral. Contudo, continua a existir incerteza sobre se e quando o partido será efetivamente integrado.

A Iniciativa Liberal, através de uma carta oficial endereçada à União Europeia, pediu esclarecimentos sobre o financiamento europeu destinado ao diálogo, que está a ser canalizado não pela comissão técnica do processo, mas sim por intermédio de duas organizações da sociedade civil  o Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) e a Fundação MASC. Esta opção levanta dúvidas sobre os critérios de seleção dessas entidades e sobre a eficácia do uso dos recursos.

Apesar de a declaração conjunta do Diálogo de Parceria UE–Moçambique, realizada em 18 de junho, ter defendido explicitamente a inclusão de Mondlane, essa promessa ainda não se materializou. Para o deputado português Rodrigo Saraiva, vice-presidente da Assembleia da República e