Hélder Mendonça lançou fortes acusações contra Daniel Chapo, afirmando que o dirigente terá montado uma verdadeira armadilha política para atingir Venâncio Mondlane.


Hélder Mendonça afirmou recentemente que o líder da oposição, Venâncio Mondlane, terá sido mais uma vez iludido no campo político e jurídico. Segundo Mendonça, o futuro do dirigente poderá estar seriamente comprometido, uma vez que, dentro de cinco anos, Mondlane deixará de beneficiar da imunidade que atualmente o protege de processos judiciais.

De acordo com as suas declarações, logo que esse período termine, o tribunal deverá intimar Venâncio Mondlane para responder a cinco crimes que lhe foram imputados no passado e que, até ao momento, não puderam ser julgados precisamente devido à imunidade que detém no exercício das suas funções.

Hélder Mendonça sustenta ainda que o aparelho judicial poderá ser utilizado como instrumento para dificultar a carreira política de Mondlane, colocando-o numa posição desfavorável e reduzindo drasticamente as suas hipóteses de voltar a apresentar-se como candidato nas próximas eleições gerais.

Estas palavras lançam novas dúvidas sobre o ambiente democrático e o equilíbrio entre justiça e política em Moçambique. Para muitos, tais processos podem não apenas comprometer a trajetória de Mondlane, mas também influenciar a dinâmica eleitoral e a perceção de imparcialidade das instituições do Estado.

Embora ainda faltem vários anos para que a imunidade cesse, os alertas de Mendonça funcionam como um aviso antecipado de que o campo político poderá estar a preparar-se para uma batalha jurídica que terá impactos significativos na arena eleitoral.

Se as acusações vierem a ser reativadas e os tribunais avançarem com os processos, Venâncio Mondlane terá de enfrentar um julgamento que pode determinar não só a sua responsabilidade penal, mas também o seu futuro político. Até lá, a incerteza permanece, enquanto os seus apoiantes interpretam as declarações de Hélder Mendonça como uma manobra de pressão política.