Albino Forquilha concorda com a decisão do Ministério da Justiça e afirma que o nome Anamalala incita divisões e sentimentos de ódio entre os moçambicanos.


Albino Forquilha, figura conhecida no panorama político moçambicano, declarou publicamente o seu apoio à posição assumida pelo Ministério da Justiça no que diz respeito à recusa do registo do partido político proposto por Venâncio Mondlane com o nome “Anamalala”. Para Forquilha, esta designação não é apenas polémica, mas também carregada de um simbolismo que pode agravar as divisões sociais existentes no país.

De acordo com as suas palavras, o termo “Anamalala” desperta sentimentos negativos e contribui para fomentar o ódio e a desunião entre os moçambicanos, numa altura em que o país deveria estar a caminhar no sentido da reconciliação, da inclusão e da construção de uma identidade nacional baseada na paz e na tolerância. Forquilha considera que um partido político deve ser uma plataforma de coesão social, e não uma fonte de discórdia.

“Não se pode usar nomes que instiguem a raiva ou que, de alguma forma, despertem traumas históricos ou divisões tribais e ideológicas,” afirmou. Para ele, a escolha do nome de um partido deve obedecer a critérios de responsabilidade, bom senso e respeito pelos valores democráticos e pela harmonia nacional.

Neste contexto, o político sugere que Venâncio Mondlane reavalie a designação escolhida e opte por um nome que contribua para a construção de um projecto político inclusivo, com uma mensagem positiva e agregadora. “Um líder que quer governar para todos não pode começar por dividir,” acrescentou.

A polémica em torno do nome “Anamalala” continua a gerar debate na opinião pública, com várias vozes a manifestarem preocupações semelhantes às de Forquilha. O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos, mas a pressão para que Mondlane reformule o nome do partido parece ganhar cada vez mais força.