Vem a público o esquema usado pelo Conselho Constitucional para alterar os resultados eleitorais a favor de Daniel Chapo


Informações recentemente divulgadas lançam uma nova sombra sobre a integridade do processo eleitoral em Moçambique. De acordo com fontes ligadas ao escrutínio, foi agora exposto um suposto esquema de manipulação que terá sido utilizado pelo Conselho Constitucional para inverter os resultados das últimas eleições, inicialmente favoráveis a Venâncio Mondlane, e que acabaram por declarar Daniel Chapo como vencedor.

Segundo denúncias que começam a circular em vários meios e redes sociais, existiriam provas documentadas que indicam que os dados apurados nas mesas de voto, e que apontavam claramente para uma vitória de Mondlane, foram alterados ou reinterpretados durante o processo de validação final conduzido pelo Conselho Constitucional. Através de artifícios técnicos, revisões seletivas e supostos "erros" administrativos, os números finais terão sido moldados de forma a garantir a ascensão de Chapo ao poder.

Estas revelações reforçam as suspeitas já manifestadas anteriormente por membros da oposição, analistas políticos e observadores independentes, que desde o início levantaram questões sobre a transparência e imparcialidade do órgão máximo de fiscalização da constitucionalidade no país.

Venâncio Mondlane, figura proeminente da oposição, teria conseguido mobilizar uma expressiva base de apoio em várias províncias, o que se refletiu nos resultados provisórios. No entanto, o processo pós-eleitoral teria sido marcado por atrasos, decisões controversas e falta de clareza por parte do Conselho Constitucional – elementos que agora ganham um novo enquadramento perante as denúncias emergentes.

Esta situação levanta preocupações graves não apenas quanto à legitimidade do novo governo liderado por Chapo, mas também quanto à confiança da população nas instituições democráticas moçambicanas. Muitos cidadãos sentem-se traídos por um sistema que, em vez de garantir justiça e respeito pela vontade popular, aparenta servir interesses de grupos específicos ligados ao poder.

Além disso, cresce a pressão sobre a comunidade internacional, em especial sobre os observadores eleitorais e parceiros de cooperação, para que tomem uma posição clara e exigente relativamente às alegações apresentadas. A eventual confirmação deste alegado esquema de manipulação poderá vir a desencadear uma crise política sem precedentes, com implicações profundas na estabilidade nacional.

O povo moçambicano, que há muito clama por eleições livres, justas e transparentes, merece respostas e responsabilizações. Se as instituições forem utilizadas para distorcer a vontade popular, então está em causa o próprio futuro da democracia no país.